Dia 7 de abril é celebrado o Dia Mundial da Saúde, data que tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância da preservação da saúde, tanto física, como mental. Afinal, hoje sabemos que a saúde mental pode ser afetada de diferentes formas, até mesmo com o trabalho em excesso, gerando a Síndrome de Burnout.
Todo ano, o Dia Mundial da Saúde reacende discussões, onde um tema específico é escolhido e debatido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), considerando as prioridades da população mundial. No ano passado, por exemplo, o tema abordado foi “Construindo um mundo mais justo e saudável”.
É importante destacar que todos os assuntos debatidos durante o Dia Mundial da Saúde são prolongados durante o ano todo, por meio de palestras e ações em todo o mundo.
Surgiu em 1948, mas se tornou oficial em 7 de abril de 1950, dando origem à data comemorativa. Segundo a OMS, a saúde nada mais é do que “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de uma doença ou enfermidade”.
Por isso, hoje vamos abordar sobre uma das síndromes que mais afetam os brasileiros, podendo desencadear muitos outros problemas, a Síndrome de Burnout – já citada anteriormente, como exemplo de males mentais.
A Síndrome de Burnout, conhecida popularmente como Síndrome do Esgotamento Profissional, surge após o indivíduo passar por situações desgastantes no trabalho, ou viver em um ambiente psicologicamente tóxico. Geralmente, ela surge por excesso de trabalho vinculado à pressão e situações humilhantes.
E há até uma lista de profissionais que estão mais suscetíveis a desenvolver a Síndrome de Burnout, como médicos, enfermeiros, professores, policiais e jornalistas, por exemplo.
O termo “Burnout” vem do inglês das palavras “burn”, que quer dizer queimar, e “out”, que significa exterior. Sendo assim, entende-se que a Burnout é uma doença mental que queima de fora para dentro, ou seja, acontecimentos externos que provocam pressão no interior.
A Síndrome de Burnout pode desencadear estados depressivos, episódios de ansiedade, além de outros males que podem atingir a saúde física do profissional.
Mas para quem acha que a Burnout é uma das doenças atuais, engana-se!
Ela está registrada desde a década de 90, quando a OMS inseriu a exaustão relacionada ao ambiente de trabalho no documento de referência de doenças utilizado pela entidade. Sendo assim, o assunto ganhou mais destaque, podendo ter tratamentos mais apropriados.
Mas foi somente agora, em 2022, que a Síndrome de Burnout passou a fazer parte da nova classificação divulgada pela OMS, de acordo com a reportagem da Agência Brasil.
E segundo a OMS, os problemas de saúde mental relacionados ao trabalho podem reduzir a produtividade, resultando em perda anual de aproximadamente US$ 1 trilhão.
O Ministério da Saúde reconhece desde 1999 a Síndrome como condição relacionada ao trabalho e, se o trabalhador apresentar algum dos sintomas, deve procurar assistência profissional, que pode recomendar afastamento por até 15 dias, custeado pela empresa.
Após esse período, o trabalhador terá que realizar uma perícia no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para que o órgão avalie suas condições e, confirmando o caso de Burnout, o INSS irá arcar com os custos do próximo afastamento, que pode variar, conforme a necessidade.
Os sintomas da Síndrome de Burnout são: estresse, tensão emocional, desgaste físico e emocional, exaustão extrema, dor de cabeça frequente, alteração no apetite (mais ou menos fome), insônia, sentimentos de fracasso e insegurança, dificuldades para se concentrar, pensamentos negativos, sentimento de derrota, desânimo, alteração de humor, aumento da pressão arterial, dores musculares, alteração dos batimentos cardíacos e problemas no sistema gastrointestinal.
O estresse crônico é um dos principais fatores de risco, pois, com o passar do tempo, ele pode gerar outros problemas de saúde. Por isso, é imprescindível se atentar aos sinais da sua saúde e do colega ao lado, que muitas vezes pode estar sofrendo calado com a Burnout.
Além dos sintomas citados acima, fique atento se o cansaço, dores no corpo e lapsos de memória se tornarem frequentes.
Para isso, é preciso desenvolver estratégias para reduzir o estresse, além de escolher um ambiente saudável para trabalhar. Diante disso, escolha o modo como vai desempenhar suas atividades.
Exemplo: quando não estiver na jornada de trabalho, participe de atividades que lhe deem prazer com amigos e familiares, fique off para assuntos do trabalho e descanse, relaxe!
Outra coisa que pode te ajudar é definir metas para sua vida profissional e pessoal, mas não se cobre tanto e saiba que tudo tem o seu tempo.
E por último, evite pessoas negativas. Seja mais positivo, isso lhe ajudará no dia a dia profissional.
Se você não faz terapia, busque fazer. É importante falar sobre os seus sentimentos, mas com um profissional da área, ou seja, psicólogos e terapeutas.
O tratamento para a Síndrome de Burnout deverá ser feito por um psicólogo ou psiquiatra, podendo variar de acordo com o grau da doença. Nos casos mais comuns, o tratamento é feito através de sessões de terapia, mas nos casos mais severos, pode ser feito através de medicamentos.
Não existe um período determinado para o tratamento e, para auxiliar, é indicada a prática de atividades físicas e momentos de lazer com familiares e amigos.
Já para relaxar, sugerimos as seguintes atividades: meditação, qualquer hobby, prática de esportes.
Se você está apresentando qualquer um dos sintomas abordados nesse artigo, procure atendimento psicológico o mais rápido possível.
As informações acima foram extraídas dos sites da Agência Brasil e Hcor – Associação Beneficente da Síria.