No ano de 2020, a violência contra mulher cresceu 20%. Em 483 cidades do Brasil, mulheres sofreram diariamente dentro de suas próprias casas. Antes de aprofundarmos este importante e doloroso assunto, queremos convidar a você a fazer uma pesquisa rápida e refletir um pouco. Está pronta?
Abra o servidor de pesquisa (Google, Microsoft, etc) e busque o seguinte: “violência contra as mulheres – números 2021” e clique na parte de ‘notícias’. Leia atentamente os títulos de cada reportagem e confira há quantos dias elas foram publicadas.
Todas são notícias recentes e números absurdos. A cada minuto, 25 mulheres sofrem violência doméstica.
Uma em cada quatro mulheres foi vítima de violência somente durante o ano de 2020.
Mulheres não estão seguras nem nas suas próprias casas. Elas não têm segurança e tranquilidade nem dentro de seus quartos.
Infelizmente, a violência doméstica é rotina para mulheres no mundo inteiro e muitas não sobrevivem a essa crueldade imposta a elas.
Sem dúvidas, você já deve ter visto ou até mesmo participado de manifestações contra o feminicídio e violência contra mulher, principalmente em datas comemorativas, como 8 de março, o Dia Internacional da Mulher.
A luta das mulheres por direitos iguais, respeito e o grito contra a violência estão ganhando cada vez mais força. E por isso, hoje vamos contar pra você porque o dia 25 de novembro é o Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher!
Compartilhe este artigo com as mulheres da sua família, suas amigas, mas também para os amigos, pais, tios, primos. É fundamental que todos entendam a dor e luta das mulheres e que as apoiem contra a violência.
A data homenageia as irmãs Mirabal, Pátria Minerva e Maria Teresa, duas mulheres dominicanas que se tornaram a ilustre dupla ‘Las Mariposas’. Elas ficaram conhecidas por contrariar Rafael Leónidas Trujillo, o ditador da República Dominicana entre os anos 1930 e 1961.
A oposição ao ditador resultou no assassinato das irmãs no dia 25 de novembro de 1960.
No ano de 1981, em Bogotá, Colômbia, aconteceu o primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e Caribenho e foi onde a data do assassinato das ‘Las Mariposas’ foi sugerida para ser o dia Latino-Americano e Caribenho de luta contra a violência à mulher.
Somente 18 anos depois, no dia 17 de dezembro de 1999 que a Assembleia Geral das Nações Unidas definiu o dia 25 de novembro como o Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres.
Em 1991, a coordenação do Centro de Liderança Global da Mulher e da Campanha Mundial pelos Direitos Humanos das Mulheres constatou que essa luta precisava de mais destaque e por isso propuseram os 16 dias de Ativismo Contra a Violência Contra as Mulheres.
O período vai de 25 de novembro até 10 de dezembro, que é a data em que se celebra o aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Este período de 16 dias, também é marcado pelo Dia Mundial de Combate à Aids (1° de dezembro) e Massacre de Mulheres de Montreal (6 de dezembro).
Por isso, a ONU, a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos e Ministérios do Desenvolvimento e Combate à Fome são as principais entidades de divulgação do número 180, o qual atende as denúncias de mulheres que sofrem violência.
Agora que compartilhamos com vocês a história do porquê essa data foi a escolhida, vamos falar da parte difícil e dolorosa: a agressão contra as mulheres, crime, queixa e estado de saúde.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) classifica a violência contra a mulher como ato de violência que resulta em dano físico, sexual ou psicológico, como ameaças, coerção e privação arbitrária da liberdade, tanto para a vida pública, quanto vida privada da mulher.
Para se chegar nessa definição foi analisada a perspectiva de gênero, por isso o processo foi demorado e houve diversas discussões.
Você sabe o que é a análise de gênero? Neste caso especificamente é declarar que a violência é resultado dos relacionamentos desiguais e hierárquicos de poder entre os homens e mulheres na sociedade. Portanto, a violência contra a mulher é definida por problemas de construção social.
Uma pesquisa feita pelo Banco Mundial constatou que 46 países não possuem legislação específica de proteção à mulher. Alguns deles são a Rússia, Afeganistão, Mianmar e Armênia.
Por outro lado, nos últimos 25 anos, 118 países criaram leis de proteção à mulher. No Brasil, a Lei Maria da Penha foi instituída no dia 7 de agosto de 2006.
A lei foi criada em respeito à mulher que sofreu duas tentativas de assassinato pelo seu marido na época e, desde este infeliz ocorrido, se dedica à luta contra a violência às mulheres.
O principal meio de denúncia é o número 180. Além disso, existem as Delegacias da Mulher, instituições, grupo de mulheres entre outros. Muitas mulheres têm medo de denunciar e outras não o fazem pois não identificam a violência de fato. Elas julgam ser o jeito ignorante do seu marido, namorado, noivo etc.
Por isso é tão importante realizar campanhas, divulgar os meios de denúncia e garantir a segurança às mulheres que farão as denúncias. Além de apoio emocional, elas precisam de apoio médico e de proteção para denunciarem.
A violência pode desencadear diversos problemas de saúde, traumas, distúrbios e muita dor física e psicológica. E também aumenta as chances de problemas de saúde no futuro, fazendo com que a mulher não consiga se desenvolver na vida pessoal e profissional. Ela também pode vir a ter problemas cardíacos, hipertensão, colesterol alto e outros.
Para finalizar o artigo, separamos para você alguns filmes e séries que abordam este assunto:
Séries:
Filmes:
Não fique calada. Denuncie! Ligue 180.